Encontro denominado 'Pacto Pela Vida
e o aumento da criminalidade' foi convocado a pedido do Fórum Popular de
Segurança e deveria ter sido realizado, na manhã desta quinta (25), na
Assembleia Legislativa, no Recife.
Um bate-boca entre representantes das
bancadas governista e de oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco
(Alepe), na manhã desta quinta-feira (25), provocou a suspensão de uma
audiência pública convocada para discutir o "Pacto Pela Vida". O
programa de combate à criminalidade em Pernambuco foi criado há 10 anos e vem
sendo alvo de críticas. Este ano, o estado registra uma média de mais de 17
assassinatos por dia. A Secretaria de Defesa Social (SDS) também
contabiliza uma média de 14 crimes violentos contra o
patrimônio a cada hora.
A audiência
tinha como tema “Pacto Pela Vida e o aumento da criminalidade". O encontro
estava marcado para começar às 10h, no plenário da Alepe, na área central do
Recife. Durante 45 minutos de sessão, no entanto, em vez de apresentar dados e
debater os problemas relacionados à criminalidade, deputados passaram a
discutir a formação da mesa que comandaria os trabalhos.
Tudo começou
quando a Presidência da Alepe determinou a formação da mesa organizadora da
audiência. O presidente do Legislativo, deputado Guilherme Uchoa (PDT), chamou
três secretários de estado (Planejamento e Gestão, Defesa Social e Justiça) e
os comandantes das Polícia Civil e Militar.
O encontro
havia sido convocado a pedido do Fórum Popular de Segurança e homologado pela
bancada de oposição. Entretanto, nenhum representante da sociedade civil teve a
oportunidade de participar do grupo que presidiaria as discussões, por
determinação da presidente da Alepe.
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Formação da mesa que comandaria o debate foi o motivo do bate-boca, na Alepe (Foto: Reprodução TV Globo) |
Como a
presidência da Alepe não permitiu a participação dos representantes da sociedade
civil na mesa, em protesto, integrantes do fórum deixaram o prédio. Houve
vaias. Durante a confusão, o deputado Guilherme Uchoa suspendeu os trabalhos,
alegando não ter condições de discutir segurança pública por causa dos ânimos
exaltados.
Objetivo
Durante o encontro, o Fórium Popular de Segurança
Pública pretendia solicitar ao governador Paulo Câmara (PSB) a restruturação do
Conselho Estadual de Defesa Social e a convocação imediata da 2° Conferência
Estadual de Segurança Pública. A primeira e última edição ocorreu em 2009.
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